Papilas circunvaladas

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Amor platônico

Era quase que mecânico, quando havia necessidade de imprimir algo recorria àquela gráfica de seu bairro. Pois era a única que havia; acessível tanto pela distância quanto finanças.
Ela sempre mandara imprimir seus textos de sua própria autoria, sejam eles prosas ou poesias.
E logo após pagar pelo serviço, saia.
E sempre calado, o garoto magro, que de olhar tímido, mão de dedos finos e cautelosos ,
 quando necessários rápidos feito a de um pianista,de roupas largas pelo complexo de seu porte, este, sempre salvava as cópias no computador do "trampo".
Foi se apaixonando, de forma velada, secreta e impronunciável.
Era como um segredo pagão em meio a uma sociedade cristã e conservadora, não poderia vazar.
E ela sempre lá,ia,aparecia, lhe pedia e este sempre a imprimir suas belas poesias.


Lucimara Penaforte (XNilakanthaX) 02:04

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